Neste mundo tão racista,
Eu não posso opinar.
Minha cor fala mais alto
Do que meu dom de pensar.
Já deixei meu sonho de lado,
Por não poder o realizar.
Nesse mundo tão desigual,
Há quem me trata como animal.
Eu pensei que no futuro
As coisas poderiam mudar.
Pensei que a cor
Não pudesse falar.
Tenho capacidade,
Mas não me deixam mostrar.
Acham que a minha cor,
Alguma coisa vai sujar.
Não entendo este povo
E que triste isto me dá.
Alguns me julgam pela cor
E outros só querem zombar.
O saci também é negro
E vive a pular.
Nesse mundo de tristeza,
Como ele, o preconceito eu quero driblar.
Não sou tão forte
E nem muito fraco,
Mas vivo sonhando acordado;
Tenho falta dos meus sonhos reais
Aqueles que não puderam ser realizados.
Raquel Fabiana Alves Lino - Ensino Médio - 2010
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