Um garoto tinha uma mãe que era considerada feminista. Ela lutava pelos direitos das mulheres da sua comunidade. Seus objetivos eram ajudar a essas mulheres a conseguirem um lugar para que seus filhos ficassem alojados durante o dia, ou seja, uma creche. Assim elas poderiam trabalhar e ganhar dinheiro para que aumentasse a renda familiar. Ela sempre reclamava junto às autoridades governamentais a falta de uma creche em sua comunidade e, também lutava para que a diferença salarial entre as mulheres os dos homens fosse eliminada, pois sabia que mulheres que ocupavam a mesma função que a dos homens, porém recebiam salários inferiores. Ela também se considerava injustiçada ao fazer as mesmas coisas que os homens e não receber o mesmo honorário. Relatava às autoridades trabalhistas, que as mulheres eram obrigadas a cumprirem duas jornadas: trabalhavam em casa e fora dela para ajudar os maridos a pagarem as contas. Como se não bastassem, era precisam ir ao salão de beleza, continuamente, para ficarem bonitas e agradarem aos maridos. Era muita luta para uma só pessoa.
O garoto, conhecedor da batalha da mãe, sempre teve pena dela. Para recompensá-la pela luta, resolveu homenageá-la no dias das mães. Ele comprou um presente que, na sua imaginação, representava o esforço
de sua mãe: uma luva de Boxe, pois era necessário à sua mãe derrubar, a cada dia, um gigante na lona do ringue da vida. Junto ao presente, escreveu uma mensagem: “Isso é por sua luta, mães. Agora eu quero
começar a minha, tendo vocês como exemplo”.
O garoto, conhecedor da batalha da mãe, sempre teve pena dela. Para recompensá-la pela luta, resolveu homenageá-la no dias das mães. Ele comprou um presente que, na sua imaginação, representava o esforço
de sua mãe: uma luva de Boxe, pois era necessário à sua mãe derrubar, a cada dia, um gigante na lona do ringue da vida. Junto ao presente, escreveu uma mensagem: “Isso é por sua luta, mães. Agora eu quero
começar a minha, tendo vocês como exemplo”.
A partir daquele dia o garoto jurou que ia lutar contra as discriminações dos meninos. Ele falava aos colegas o seguinte:
— Vocês já repararam o preconceito que existe contra os meninos? Nãooo! Então pronunciem as frases que aparecem nas bocas dos adultos e que tem a palavra menino. Eles sempre dizem ‘vocês são meninos para estar aqui’; ‘vocês são meninos e não podem fazer isso, não podem fazer aquilo, não podem ver isso, não podem entrar aqui, não podem beber aquilo... ’.
Todos os meninos concordaram com o discurso dele. Então, aquele garoto se tornou um líder meninista, igualzinho a sua mãe feminista.
Igor Gomes, 7ª série. 2007
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