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quarta-feira, 8 de maio de 2013

NOS BRAÇOS DA MAMÃE





Isabel era uma garota muito triste por não ter a mãe. O pai dela não lhe dava a atenção devida, pois passava o dia a trabalhar fora. Ela só tinha como companheira a irmã Jennifer, mas essa era muito nova para entender as coisas que passavam no intimo da irmã.


Um dia Isabel resolveu contar a Jennifer tudo o que acontecera a sua mãe. Então disse Isabel à Irmã:
— Jennifer, minha Irmãzinha, nossa mãe era uma pessoa muito apegada a nós. Ela acordava pela manhã e me dava um beijo; depois lhe pega no colo e começava a cantar lindas canções, sobre as quais dizia haver aprendido com nossa avó. Acordava o papai dizendo que já estava atrasado para ir trabalhar e que o café já estava pronto a esperá-lo na mesa. A mamãe era muito doce em tudo o que fazia. Era uma pessoa sempre alegre por ter uma família completa e que vivia em paz, era isso que ela costumava nos dizer. Todos os dias, ela nos levava para passear em um parque ou na casa da vovó. Escute-me, você ainda era bebê, mas quando mamãe lhe colocava no colo da vovó, você se tornava a criança mais feliz do mundo. Mamãe era muito cuidadosa para com o lar e conosco. Ela levantava cedo e arrumava tudo pela manhã e logo fazia o almoço, para que sobrasse tempo para brincar conosco. Como era gostoso! Ela nos alegrava o dia inteiro. O sorriso da mamãe era lindo. Eu acho que nunca vou me esquecer como ela sorria ao ouvir-me dizer que a amava. Ela me abraça forte de tão contente e me dizia que também me amava muito. Antes de dormir, ela sempre lia lindos livros de contos de fadas para mim e repetia quantas vezes eu pedisse; depois, ela me carregava no colo e começava a cantar, porque eu só dormia com o som de sua bela e suave voz. Ela cantava uma canção que ninguém conseguirá cantar igual.
—Como era essa canção? Interrompeu minha irmã.
— Não me lembro bem; só lembro de um trecho que ela cantava que dizia assim “...durma, durma tranquilo meu bem, porque quando acordar eu estarei alegre também. E, se pela manhã você não me encontrar, volte
a dormir, pois em seus sonhos sei que vou estar...”. Eu deitada em minha cama ouvia mamãe cantando e logo meu sono chegava devagar, devagar e, eu sentia um beijo na testa; ela arrumava o cobertor sobre mim, para
que eu pudesse dormir sozinha, mas bem aquecida pelas lembranças e sonhos do dia anterior. Um dia eu acordei e senti que mãe me carregava no colo. Ela deu-me um abraço forte e me encheu de beijos; em seguida, ela carregou você ao colo e lhe disse que amava; abraçou-lhe bem forte e, não entendi o porquê, ela começou a chorar e, chorava muito, chorava sem parar. Depois se sentou na minha cama com você ao colo; colocou-lhe em meus braços e chorando disse-me: “ estou deixando sua irmã em seus braços; nunca, em hipóteses alguma, largue sua irmã. Cuide bem dela e sempre dê-lhe carinho, amor e atenção.” Depois disso, ela saiu do quarto abraçou o papai e deu-lhe um beijo. Meu pai parecia não entender o que estava acontecendo.
—E depois, o que a mamãe fez? Perguntou-me Jennifer.
— Ela saiu pela porta da sala, pegou o carro e saiu... saiu disparadamente e, depois desse dia, eu nunca mais a vi. Mas eu sabia que depois daquele momento a nossas vidas nunca mais seriam a mesmas. Papai nunca mais falou da mamãe aqui em casa, mas nunca parou de olhar a fotografia da família na parede. Ele, também, nunca soube o motivo dela ter ido embora e nunca mais ter voltado...

Yasmin Daniela Pereira Morais – 8ª série. 2007

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